Não conseguem, por
exemplo, encontrar resposta para o que vai acontecer amanhã, o que vai
acontecer daqui a quinze dias ou daqui a um ano, muito menos daqui a um século.
Operam, calculam,
manipulam, misturam, mesclam, combinam, comparam, separam, deduzem, decidem,
escolhem, filtram, classificam e executam mais outras inúmeras coisas.
Fazem milhões de
cálculos e operações por segundo, processam números, textos, formulas,
algoritmos, linguagens, gráficos, fotos, jogos, filmes, vídeos, cores, sons e
imagens.
Mas são INCAPAZES DE
CRIAR ALGO NOVO, algo que ainda não existe; somente acessam o passado e o
‘velho’, Todas as informações e respostas que ele fornece dependem e derivam
dos dados e demais informações nele armazenados.
Enquanto isso, nós
que somos, ao contrário dos metálicos, verdadeiros ‘robots’ de “carne, osso,
sangue, sentimentos e emoções” contamos com um cérebro, que é um verdadeiro
computador orgânico, por onde circulam os mesmos impulsos e correntes eletro
eletrônicas que circulam nos demais computadores.
Ainda que criado a milhares de anos atrás, o cérebro humano é mais potente sofisticado,
poderoso e completo do que qualquer computador existente até agora.
Isso pq, somente ele
possui certas características muito especiais que nenhum outro tem: Somente ele
é capaz de processar e memorizar sentimentos e emoções e todas as sensações
decorrentes de nossos 5 sentidos, visão, audição, tato, gustação e cheiro.
Mas, lamentavelmente,
tb o cérebro humano NÃO CONSEGUE ACESSAR O DESCONHECIDO, nem acessar aquilo de
que nunca foi informado, nunca viu, nunca sentiu, nunca tocou.
Veja que coisa
sensacional: o nosso cérebro memoriza, retém, recupera e revive cheiros,
sabores, sensações de dor, de frio e calor, dores e prazeres emocionais,
tristeza, saudade, medo, alegria e amor.
Assim, qualquer um de
nós, com o cérebro que temos, mesmo de olhos fechados, consegue identificar uma
maçã simplesmente pelo toque, ou pelo cheiro, ou pelo sabor. E de olhos
abertos, conseguimos identificar essa maçã ao longe, pela aparência, pelo
formato e pela cor.
Mas para que essa
identificação seja possível de ocorrer, deve ter havido em algum ou vários
momentos de nosso passado uma primeira vez em que entramos em contato com uma
maçã e em que todas essas informações nos foram passadas e, posteriormente
foram gravadas. Muito normalmente isso ocorre cedo em nossas vidas quando a
nossa mãe ou alguém nos oferece a primeira maçã:
Olha, que Legal, é
uma maçã. Ela é vermelhinha, linda, não é?
Experimente! É
azedinha e tem um cheirinho gostoso, não acha? Gostou?
A partir daí, com
mais uma ou duas experiências semelhantes, será completada a gravação que irá
nos acompanhar pelo resto de nossas vidas e da qual nunca nos esqueceremos.
Entretanto, se alguém
resolver fazer esse mesmo teste de identificação com os olhos fechados, usando
um fruta totalmente desconhecida, o ‘articum’ por exemplo – fruta nativa do
Norte de Minas – o máximo que conseguirá fazer seria algumas comparações com
outras frutas que ela conhece: parece com uma pinha, tem um cheiro assim meio
parecido com uma jaca e assim por diante. Mas somente conseguirá saber
realmente como é o sabor do articum, o dia em que pela primeira vez sentir e
comer essa fruta e fizer todas as gravações necessárias.
Enfim, tudo isto dito acima foi
para enfatizar como trabalha o cérebro humano e como ele somente acessa o
CONHECIDO e não pode nunca entender e acessar o desconhecido, tipo,
O que existia quando não existia nada?
Se não existia nada, de onde surgiu o universo?
Todos os seres existentes no planeta são humanoides,
ou seja,
respiram oxigênio, bebem água, têm cabeça, tronco e membros,
ou são
totalmente diferentes?
De onde
viemos, para onde vamos?
E milhões de outras questões
absolutamente desconhecidas.
Vejam então como o nosso cérebro
age diante do conhecido e do desconhecido:
Quando estamos
dirigindo o nosso carro voltando pra casa depois de um dia de trabalho, não
precisamos ficar concentrados pensando cada trecho do trajeto que temos de
percorrer, tipo: agora depois da pracinha, sigo em frente mais dois
quarteirões, depois viro a esquerda, continuo até chegar na padaria, aí então
faço o balão ......
Como já percorremos
esse trajeto várias vezes, todo o percurso já está gravado em nossa memória de
forma que estamos livres pra pensar e fazer outras coisas, enquanto o nosso
cérebro ‘dirige por nós’.
Ou seja, como o
trajeto é muito CONHECIDO, o nosso cérebro domina a situação e age rápida e
automaticamente.
Mas imagina que vc
vai visitar um amigo numa cidade desconhecida e chegando lá vc percebe que seu
celular e sua carteira desapareceram ou foram roubados e que agora vc não sabe
nem o endereço nem o celular de seu amigo.
Aí vc entra num taxi
e pede pro motorista te levar pra casa do seu amigo. O que acha que vai
acontecer?
Ora, mesmo que seja
uma cidade pequena, apenas usando seu cérebro, o motorista nunca irá descobrir
esse endereço. Se for em São Paulo, como ele vai descobrir uma pessoa entre 18
milhões, como vai descobrir uma rua entre 150 mil ruas e como vai descobrir um
apartamento entre milhões de outros?
Ou seja, o nosso
cérebro não funciona e é absolutamente inútil quando estamos lidando
Com o DESCONHECIDO.